domingo, 25 de abril de 2010

Capítulo 3: Uma corrida de comitê e uma longa história

Capítulo 3
Uma corrida de comitê e uma longa história

Aquela era com certeza uma turma estranha que se reunia nas margens do lago: os pássaros com suas plumas arrastando, os animais com o pêlo grudado no corpo, e todos pingando, irritados e desconfortáveis.
A primeira questão era, evidentemente, como se secarem: eles estavam reunidos em conselho para decidirem sobre isso e depois de poucos minutos parecia natural para Alice encontrar-se conversando familiarmente com eles, como se ela os tivesse conhecido toda a vida. Na verdade, ela travava uma longa discussão com o Papagaio australiano, que no final tornara-se zangado, e falara, “Eu sou mais velho que você, e devo saber mais.” E com isso Alice não podia concordar, sem saber a idade dele, e como o Papagaio recusava-se terminantemente a dizer sua idade, nada mais havia a dizer.
Finalmente o Rato, que parecia ser a pessoa de maior autoridade entre eles, bradou, “Sentem-se, todos vocês, e ouçam-me! Eu vou fazê-los secar.” Eles sentaram-se então em círculo, com o Rato no meio. Alice mantinha seus olhos fixados ansiosamente nele, pois ela tinha certeza que pegaria um resfriado se não secasse logo.
“Aham!” disse o gato com um ar de importante. “Vocês estão todos prontos? Essa é a coisa mais seca que eu conheço. Silêncio na roda, por favor! William o Conquistador, cuja causa foi favorecida pelo Papa, logo submetido pela Inglaterra, que desejava líderes, acostumada à usurpação e à conquista. Edwin e Morcar, os condes de Mercia e Northumbria...”
“Ugh!”, disse o Papagaio, com um calafrio.
“Desculpe-me” interferiu o Rato, carrancudo, mas educadamente. “Você falou alguma coisa?”
“Eu não!” respondeu o Papagaio, rapidamente.
“Pensei que tivesse”, retrucou o Rato. “Prosseguindo: Edwin e Morcar, os condes de Mercia e Northumbria, declararam para ele; e ainda Stingand, o patriótico arcebispo de Canterbury, achou que...”
“Achou o quê?”, perguntou o Pato.
“Achou que”, o Rato replicou irritadamente, “é claro que você sabe o que que significa.”
“Eu sei o que que significa muito bem, quando sou eu que acho”, afirmou o Pato, “geralmente é um sapo ou uma minhoca. A questão é: o que o arcebispo achou?”
O Rato não entendeu a pergunta, mas apressadamente foi em frente: “achou que era aconselhável conhecer William e oferecer-lhe a coroa. O procedimento de William no início era moderado. Mas a insolência dos seus normandos...como você está indo, minha querida”, ele continuou, virando-se para Alice enquanto falava.
“Tão molhada quanto antes”, respondeu a menina em um tom melancólico, “isso não está parecendo me secar afinal.”
“Nesse caso”, disse o Dodo solenemente, levantando-se, “eu proponho que a assembléia seja suspensa para a adoção imediata de medidas enérgicas...” “Fale inglês”, gritou o Papagaio.
“Eu não sei o significado de metade dessas palavras, e mais, não acredito que você saiba.” E o Papagaio torceu a cabeça para esconder um sorriso: alguns dos outros pássaros riram às escondidas audivelmente.
“O que eu estava dizendo”, retomou o Dodo em um tom ofendido, “é que a melhor coisa para nós secarmos seria uma corrida de comitê.”
“O que é uma corrida de comitê?”, perguntou Alice. Não que ela quisesse mesmo saber, mas o Dodo fizera uma pausa como se pensasse que alguém deveria falar, e ninguém parecia inclinado a dizer nada.
“Bem”, disse o Dodo, “a melhor maneira de explicar isso é fazendo.”
(E, como talvez você queira tentar essa corrida em algum dia de inverno, vou contar como o Dodo fez.)
Primeiro ele delimitou a pista de corridas como um tipo de círculo (a forma exata não importa, ele dissera) e então todo o destacamento foi distribuído pela pista, aqui e ali. Não houve o tradicional “Um, dois, três e já!”, mas todos começavam a correr quando queriam e paravam quando queriam, daí não era fácil saber quando a corrida terminava. Entretanto, quando eles já estavam correndo há mais ou menos meia-hora, e já estavam quase secos, o Dodo repentinamente gritou: “A corrida está acabada”.
Então, todos se aglomeraram em torno dele, ofegando e perguntando:
“Mas quem ganhou?”
Essa pergunta o Dodo não poderia responder sem pensar muito, e ficou parado um bom tempo com um dedo sobre a testa (a posição na qual você normalmente vê Shakespeare nas gravuras) enquanto o resto do pessoal ficava em silêncio.
“Todos ganharam, e todos devem ganhar prêmios.”
“Mas quem dará os prêmios?”, um coro de vozes perguntou.
“Ora, ela, claro”, respondeu o Dodo, apontando Alice com o dedo, e já toda a turma rodeava a menina, gritando de maneira confusa: “Prêmios! Prêmios!”
Alice não tinha a menor idéia sobre o que fazer, e, em desespero, colocou a mão no bolso e puxou uma caixa de confeitos (felizmente a água salgada não entrara nela), e distribuiu as balas como se fossem prêmios. Deu na conta exata, um para cada um.
“Mas ela precisa ganhar um prêmio também”, lembrou o Rato.
“É claro”, replicou o Dodo solenemente. “O que mais você tem no bolso?”, e se virou para Alice.
“Apenas um dedal”, respondeu a menina tristemente.
“Dê-me”, pediu o Dodo.
Então novamente eles a rodearam, enquanto o Dodo solenemente a presenteava com o dedal, dizendo:
“Nós gostaríamos que você aceitasse esse elegante dedal”, e ao final desse pequenino discurso, todos o aplaudiram.
Alice achou a coisa toda muito absurda, mas eles pareciam tão sérios que ela não ousou rir, e, como não podia pensar em nada para dizer, simplesmente fez uma reverência e apanhou o dedal, parecendo o mais solene possível.
A próxima coisa a fazer era comer os confeitos; isso causou algum barulho e bagunça, pois os pássaros grandes reclamavam que não podiam saborear os seus e os pequenos engasgavam e tinham que levar palmadas nas costas. Entretanto, afinal todos terminaram e sentaram-se em círculo, pedindo ao Rato para lhes contar alguma coisa.
“Você prometeu nos contar sua história, você sabe”, disse Alice, “e o porque você odeia G e C”, ela terminou sussurrando, com medo que ele se ofendesse novamente.
“A minha é uma longa e triste história!”, disse o Rato, virando-se para Alice, suspirando.
“É uma longa cauda, certamente”, replicou Alice, olhando para o rabo do Rato com admiração, “mas porque você a chama de triste?”
Alice continuava confusa sobre isso enquanto o Rato estava falando, pois a história que ele contava era mais ou menos assim*:

                    Furioso diz para o
rato, Que ele
conheceu
em casa,
“Vamos
logo para o
tribunal: nós dois
Eu vou te
processar! —Pode,
vir logo,
não vou querer
adiar nem
um minuto
o julgamento
vai ser agora

Não tenho mesmo
nada para
fazer
esta manhã.”

Disse o
rato para o
monstro, “Este
processo,
prezado senhor,
sem
júri
ou jurados,
vai ser
uma grande
perda
de tempo.”
“Eu serei o
júri. Eu
serei o juiz,”
respondeu
o esperto
Furioso.
“Eu vou te
julgar
agora
e agora,
vou
condená-lo
à
morte!”

“Você não está prestando atenção!”, disse o Rato para Alice, severamente. “No que você está pensando?”
“Desculpe-me”, respondeu Alice humildemente, “você já estava na quinta volta, não é?”
“Eu não!”, gritou o Rato com voz aguda, muito bravo. “Você não presta atenção em nós!”**
“Um nó!”, disse Alice, sempre pronta para ajudar, olhando para todos os lados. “Deixe-me ajudar a desfazer esse nó.”
“Eu não disse nada desse tipo”, disse o Rato, levantando-se e andando. “Você me insulta falando estas besteiras.”
“Eu não quis dizer isso”, suplicava a pobre Alice. “Mas você se ofende tão facilmente!”
O Rato apenas rosnou em resposta.
“Por favor, volte e termine sua história!”, Alice chamava. E todos os outros juntaram-se em coro:
“Sim, por favor, conte!”
Mas o Rato apenas balançava a cabeça impacientemente e caminhou ainda mais rapidamente.
“Que pena que ele não queira ficar”, suspirou o Papagaio, e logo o Rato já estava longe. E uma velha Carangueja aproveitou a oportunidade para dizer à sua filha:
“Ah!, minha querida. Que isso lhe sirva de lição para que você nunca perca o seu humor.”
“Segure sua língua, Mãe”, retrucou a jovem Carangueja, de um jeito meio impertinente. “Você acaba com a paciência de qualquer ostra.”
“Eu queria que nossa Dinah estivesse aqui”, disse Alice em voz alta, dirigindo-se a ninguém em particular. “Ela iria logo logo trazê-lo de volta.”
“E quem é Dinah? Se é que eu posso fazer esta pergunta”, interveio o Papagaio.
Alice replicou ansiosamente, porque ela estava sempre pronta para falar do seu animalzinho de estimação: “Dinah é a nossa gata. E ela é muito boa para pegar ratos, você nem pode imaginar...E, oh, eu queria que você a visse atrás de pássaros! Ela pode comer um passarinho tão rápido quanto olhar para ele!”
Esse discurso causou uma forte sensação entre o destacamento. Alguns pássaros fugiram: uma velha Matraca começou a se agasalhar muito cuidadosamente, observando: “Eu realmente preciso ir para casa, o sereno não cai bem para minha garganta!”
E uma Canária chamou numa voz trêmula seus filhotes: “Vamos, meus queridos! Já está na hora de vocês estarem na cama!”
Com diversos pretextos todos se foram, deixando Alice sozinha.
“Eu acho que não deveria ter mencionado Dinah”, ela disse em um tom melancólico. “Parece que ninguém gosta dela aqui em baixo, e eu tenho certeza que ela é a melhor gata do mundo! Oh minha querida Dinah! Eu queria saber se volto a vê-la algum dia! E aqui a pobre Alice começou a chorar novamente, pois se sentia muito solitária e deprimida. Em pouco tempo, entretanto, ela novamente ouviu o barulho de passos à distância e olhou ao redor impacientemente, meio que esperando que o Rato tivesse mudado de idéia e voltado para terminar a história.


sábado, 24 de abril de 2010

Hora do Chá!

Foram quase 50 dias de espera, mas finalmente o mais novo longa-metragem de Tim Burton, “Alice no País das Maravilhas“, chega aos cinemas do Brasil nas salas tradicionais, em Disney Digital 3D e IMAX 3D. Lançado mundialmente no dia 05 de Março de 2010, o filme estrelado por Johnny Depp já arrecadou mais de de US$ 800 milhões no mundo todo, sendo a maior bilheteria da carreira do diretor, que é conhecido por seus filmes diferentes.

A Walt Disney Pictures e do visionário diretor Tim Burton lançam o épico de aventura e fantasia em 3D, “Alice no País das Maravilhas“, uma abordagem mágica e criativa de uma das mais adoradas histórias de todos os tempos. JOHNNY DEPP estrela como o Chapeleiro Maluco e MIA WASIKOWSKA como Alice, de 19 anos, que retorna ao mundo mágico que ela encontrou pela primeira vez quando criança e volta a se reunir com seus amigos de infância: o Coelho Branco, Tweedle-Dee e Tweedle-Dum, o Dormouse, a Lagarta, o Gato Risonho e, é claro, o Chapeleiro Maluco. Alice embarca em uma jornada fantástica para encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha. O elenco estelar também inclui ANNE HATHAWAY, HELENA BONHAM CARTER e CRISPIN GLOVER.

Capturando os maravilhosos e adorados contos de Lewis Carroll “Alice no País das Maravilhas” (1865) e Alice do Outro Lado do Espelho (1871) com imagens deslumbrantes e inovadoras e com os personagens mais carismáticos da história da literatura, “Alice no País das Maravilhas” chega aos cinemas com cópias dubladas e lengedas (Cópias 35mm – 80% DUB e 20% LEG).

No Brasil, o filme chega apenas hoje, dia 23 de Abril, depois de ter sua estréia alterdada mais de 5 vezes pelo estúdio. O filme chega em 400 salas de cinema, sendo 126 salas em DIGITAL 3D, e com classificação etária de 10 anos. O Planeta Disney está preparando um fim de semana especial repleto de novidades sobre a produção. Fique de olho, e não se atrase!

AlicePoster

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Capitulo 2: A lagoa de lágrimas

Capítulo 2
A lagoa de lágrimas

“Muito curiosíssimo e muito curiosíssimo!”, gritou Alice (ela estava tão surpresa, que por um momento quase esqueceu como falar um bom inglês).
“Agora eu estou esticando como o maior telescópio que nunca houve! Adeus meus pezinhos!” Quando ela olhou para baixo, seus pés pareceram-lhe já quase fora do seu campo de visão, tão distante estavam.)
“Oh! meus pobres pezinhos, quem é que vai colocar seus sapatos e meias para vocês, queridos? Eu tenho certeza que eu não serei capaz! Eu estou muito longe para preocupar-me com vocês: vocês agora têm que se virar o melhor que puderem...mas eu preciso ser boa para eles”, pensou Alice, “ou eles podem não me levar para onde eu quiser! Deixe-me ver...Eu vou dar para eles um par de botinas todo Natal.”
Alice começou então a planejar consigo mesma como faria isso. “As botinas poderão ir pelo correio”, pensou, “e como vai ser engraçado, mandar presentes para seus próprios pés! E como o endereço vai parecer maluco!

Ilustríssimo pé direito da Alice
Tapete Felpudo
perto da Lareira
(com amor, Alice).

Oh! Deus, quanta bobagem estou falando!”
Exatamente nesse instante a cabeça da menina bateu contra o teto da sala: ela estava com mais de dois metros e meio de altura. Alice finalmente apanhou a pequena chave dourada e apressou-se em direção à porta do jardim.
Pobre Alice! Era tudo o que podia fazer, deitar-se de lado para olhar o jardim com um olho, mas ir até lá era mais difícil do que nunca: ela sentou-se e começou a chorar novamente.
“Você deveria estar envergonhada de si mesma”, disse Alice, “uma menina crescida como você (ela bem podia dizer isso...) chorando desse jeito! Pare agora, eu lhe ordeno!” Mas ela continuou do mesmo jeito, derramando galões de lágrimas, até que houvesse um grande lago ao seu redor, com quase meio palmo de fundura, estendendo-se por metade da sala!
Depois de um tempo ela ouviu pisadinhas ao longe e rapidamente secou os olhos para ver o que vinha vindo. Era o Coelho Branco voltando, muito bem vestido, com um par de luvas brancas em uma mão e um grande leque na outra: ele vinha trotando com muita pressa, resmungando consigo mesmo: “Oh! Ela vai me matar se eu a fizer esperar!”
Alice sentia-se tão desesperada que estava pronta para pedir ajuda a qualquer um: então, quando o Coelho chegou perto dela, a menina começou com uma voz baixa, tímida: “Por favor, Senhor...” O Coelho parou violentamente, derrubando as luvas brancas e o leque, e disparou em direção à escuridão tão rápido quanto pôde. Alice apanhou o leque e as luvas, e, como a sala estava muito quente, começou a abanar-se enquanto falava:
“Puxa! Puxa! Como tudo está tão estranho hoje! E ontem as coisas estavam tão normais! O que será que mudou à noite? Deixe-me ver: eu era a mesma quando acordei de manhã? Tenho a impressão de ter me sentido um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima questão é “Quem sou eu?” Ah! esta é a grande confusão!” E Alice começou a pensar em todas as crianças que ela conhecia e que tinham a mesma idade dela, para ver se tinha se transformado em alguma delas.
“Eu tenho certeza que não sou Ada”, ela disse, “porque os cabelos dela são enrolados e os meus não. E eu tenho certeza que não sou Mabel porque eu sei muitas coisas e ela, oh!, ela sabe tão pouco! Além disso ela é ela e eu sou eu e...puxa, que confuso isso tudo é! Vou tentar ver se ainda sei tudo que sabia. Deixe-me ver 4 vezes 5 são 12 e 4 vezes 6 são 13 e 4 vezes 7 são...nossa! Eu nunca vou chegar a vinte desse jeito! Entretanto a tabuada não quer dizer nada: vamos tentar Geografia. Londres é a capital de Paris, Paris é a capital de Roma, e Roma é...não, não, está tudo errado. Eu tenho certeza! Eu devo ter me transformado em Mabel! Eu vou tentar recitar “A abelhinha atarefada”. Ela cruzou então as mãozinhas sobre o colo como se estivesse na escola e começou a recitar a poesia, mas sua voz soava rouca e estranha e as palavras não vinham como de costume:

Olha o pequeno crocodilo,
Mexendo sua cauda brilhante,
Espalha as águas do Nilo,
Que alegria!

Como ele fica feliz,
Que patas bonitinhas,
Bem vindos peixinhos,
Que dentões enormes!!!

“Tenho certeza que estas não são as palavras corretas”, disse a pobre Alice, e seus olhos ficaram cheios d’água novamente. “Eu devo ser Mabel, afinal, e eu vou ter que ir e viver naquela casa tão pequena, e quase não ter brinquedos para brincar, e oh, ter sempre tantas lições para aprender! Não, não vou me convencer disso: se eu sou Mabel, eu vou ficar aqui embaixo.
Não adianta eles colocarem suas cabeças para baixo e dizer, “venha para cima, querida”. Eu vou simplesmente olhar para cima e dizer “Quem sou eu? Digam-me isso primeiro e depois, se eu gostar de ser a tal pessoa, eu subirei: se não, vou ficar aqui até ser outra...mas, puxa”, e Alice começou a chorar, com uma súbita explosão de lágrimas.
“Eu queria que eles olhassem para baixo! Eu estou tão cansada de estar aqui sozinha.”
Enquanto dizia isso, Alice olhou para baixo em direção a suas mãos, e ficou surpresa ao notar que tinha vestido uma das luvas do coelho enquanto falava.
“Como consegui fazer isso?”, ela pensou. “Eu devo estar encolhendo novamente.” Ela então levantou-se e foi em direção à mesa para medir-se em comparação a ela e descobriu que, pelas suas contas, estava agora com mais ou menos sessenta centímetros de altura e continuava a encolher rapidamente. Alice descobriu que a causa daquilo era o leque que segurava, e jogou-o fora impetuosamente, exatamente a tempo de salvar-se de encolher inteiramente.
“Escapei por um triz!”, disse Alice bastante assustada com a súbita mudança, mas muito feliz por ainda existir.
“E agora para o jardim!” E ela correu com toda rapidez para a portinha, mas, alas!, a pequena porta estava fechada novamente, e a pequena chave dourada estava sobre a mesa de vidro como antes, “e as coisas estão piores que nunca”, pensou a pobre criança, “porque eu nunca fui menor que isso, nunca! E eu digo que isso é ruim, muito ruim, é sim!”
Enquanto dizia essas palavras seu pé escorregou e, num instante, splash! ela estava até o queixo na água salgada. Sua primeira idéia é que teria caído no mar, “e nesse caso eu posso ir embora pela ferrovia”, disse Alice para si mesma. (Alice tinha ido à praia apenas uma vez em sua vida, e tirara a conclusão que em qualquer lugar da costa inglesa que se vá, você encontra algumas cabines de troca de roupa, crianças cavando na areia com pás de madeira, e uma fila de hospedarias atrás, e mais atrás ainda a estação de trem). Mas logo percebeu que estava no lago de lágrimas que derramara quando estava com dois metros e meio de altura.
“Eu gostaria de não ter chorado tanto!”, disse Alice enquanto nadava tentando encontrar a saída. “Eu devo estar sendo punida por isso agora, suponho, afogando-me em minhas próprias lágrimas! Isso sim será uma coisa estranha. Entretanto, tudo está estranho, hoje. Nesse instante ela ouviu algo chapinhando no lago um pouco mais adiante e nadou para perto tentando entender o que era aquilo: inicialmente ela pensou que poderia ser uma morsa ou um hipopótamo, mas então lembrou como estava pequena e logo compreendeu que era apenas um rato, que tinha escorregado como ela.
“Será que adiantaria”, pensou Alice, “tentar falar com esse rato? Tudo é tão fora do comum aqui, que eu posso até pensar que ele pode falar: de qualquer maneira, não há mal em tentar.”
Então ela começou: “Oh Rato, você conhece a saída desse lago? Estou muito cansada de nadar de lá para cá, oh Rato.” (Alice pensava que esta era a maneira certa de se falar com um rato: ela nunca fizera isso antes, mas lembrava de ter visto na Gramática do Latim de seu irmão: “Um rato...de um rato...para outro rato...um rato...Oh rato!”) O rato olhou para ela inquisitivamente e parecia piscar um dos seus olhinhos, mas não falava nada.
“Talvez ele não entenda inglês”, pensou Alice. “É provável que seja um rato francês, vindo para cá com William o Conquistador.” (Como todo seu conhecimento de história, Alice não tinha noção clara sobre há quanto tempo aquilo tinha acontecido) Ela começou novamente: “Où est ma chatte?”, que era a primeira frase do seu livro de francês.
O Rato deu um súbito salto para fora da água e começou a tremer inteirinho, com medo.
“Oh! desculpe-me”, gritou Alice apressadamente, temerosa de ter ferido os sentimentos do pobre animal. “Eu quase esqueci que você não gosta de gatos.”
“Não gosta de gatos”, gritou o Rato com uma voz nervosamente aguda. “Você gostaria de gatos se fosse eu?”
“Bem, talvez não”, disse Alice num tom calmo. “Não fique bravo com isso. E eu ainda queria lhe mostrar nossa gata Dinah. Eu acho que você passaria a gostar de gatos se pudesse apenas olhar para ela. Ela é uma coisinha linda”, Alice continuou, meio para ela mesma, enquanto nadava preguiçosamente pela piscina afora, “ela senta-se ronronando tão bonitinha ao lado do fogo, lambendo as patas e lavando o rosto...e ela é tão fofa para se criar...e ela é boa também para pegar ratos, oh, desculpe!”, gritou Alice novamente, enquanto o rato arrepiava-se todo, e ela sentiu que dessa vez realmente o ofendera.
“Nós não vamos mais falar sobre isso, se preferirmos.”
“Nós, realmente”, gritou o Rato, que tremia até à ponta da cauda, “como se eu quisesse falar sobre esse assunto! Nossa família sempre odiou gatos! Aquelas coisas detestáveis, baixas, vulgares! Não me faça ouvir esse nome novamente.”
“Eu não faço, realmente”, disse Alice, querendo mudar rapidamente o assunto da conversa. “Você...você, gosta de cachorros?”
O Rato não respondeu, então Alice continuou impacientemente: “Há um cachorrinho lindo, perto da nossa casa, eu gostaria de lhe mostrar! É um pequeno terrier de olhos brilhantes, você sabe, com oh!, com um pêlo marrom comprido e anelado! E ele pega as coisas quando você joga, e senta-se e pede comida, e todo esse tipo de coisas...eu não consigo lembrar de metade delas...e ele pertence a um fazendeiro, você sabe, que diz que ele é muito útil, vale mais de cem libras. Ele disse que o cachorrinho mata todos os ratos e...oh! puxa!”, gritou Alice em um tom desconsolado. “Temo que o ofendi novamente.”
O Rato nadava para longe dela o mais rápido posível, produzindo uma grande agitação na lagoa à sua saída.
Alice chamava suavemente atrás dele: “Rato querido! Volte, e nós não iremos falar de gatos, nem de cães, se você não gosta deles!”
Quando o Rato ouviu isso, virou-se e nadou lentamente em direção a Alice: seu rosto ainda estava pálido (de raiva, Alice pensou) e disse, com uma vozinha baixa e trêmula.
“Vamos para a praia, e então eu vou lhe contar minha história e você vai entender porque eu odeio gatos e cães.”
Estava mais do que na hora de ir, pois ao lagoa estava ficando cheia de pássaros e animais que nela caíam. Havia um Pato e um Dodo, um Papagaio e uma Aguiazinha, e muitas outras criaturas curiosas. Alice seguiu o caminho e o grupo todo nadou junto para a praia.


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Capitulo 1: Para baixo na toca do Coelho

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Lewis Carroll

Capítulo 1
Para baixo na toca do coelho

Alice estava começando a ficar muito cansada de estar sentada ao lado de sua irmã e não ter nada para fazer: uma vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irmã lia, mas não havia figuras ou diálogos nele e “para que serve um livro”, pensou Alice, “sem figuras nem diálogos?”
Então, ela pensava consigo mesma (tão bem quanto era possível naquele dia quente que a deixava sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era mais forte do que o esforço de ter de levantar e colher as margaridas, quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa passou correndo perto dela.
Não havia nada de muito especial nisso, também Alice não achou muito fora do normal ouvir o Coelho dizer para si mesmo “Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar muito atrasado!” (quando ela pensou nisso depois, ocorreu-lhe que deveria ter achado estranho, mas na hora tudo parecia muito natural); mas, quando o Coelho tirou um relógio do bolso do colete, e olhou para ele, apressando-se a seguir, Alice pôs-se em pé e lhe passou a idéia pela mente como um relâmpago, que ela nunca vira antes um coelho com um bolso no colete e menos ainda com um relógio para tirar dele. Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca.
No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar como faria para sair dali.
A toca do coelho dava diretamente em um túnel, e então aprofundava-se repentinamente. Tão repentinamente que Alice não teve um momento sequer para pensar antes de já se encontrar caindo no que parecia ser bastante fundo.
Ou aquilo era muito fundo ou ela caía muito devagar, pois a menina tinha muito tempo para olhar ao seu redor e para desejar saber o que iria acontecer a seguir. Primeiro, ela tentou olhar para baixo e compreender para onde estava indo, mas estava escuro demais para ver alguma coisa; então, ela olhou para os lados do poço e percebeu que ele era cheio de prateleiras: aqui e ali ela viu mapas e quadros pendurados em cabides. Alice apanhou um pote de uma das prateleiras ao passar: estava etiquetado “GELÉIA DE LARANJA”, mas para seu grande desapontamento estava vazio: ela não jogou o pote fora por medo de machucar alguém que estivesse embaixo e por isso precisou fazer algumas manobras para recolocá-lo em uma das prateleiras.
“Bem”, pensou Alice consigo mesma. “Depois de uma queda dessas, eu não vou achar nada se rolar pela escada! Em casa eles vão achar que eu sou corajosa! Porque eu não vou falar nada, mesmo que caia de cima da casa!” (O que era provavelmente verdade).
Para baixo, para baixo, para baixo. Essa queda nunca chegará ao fim?
“Eu adoraria saber quantas milhas eu caí até agora”, ela disse em voz alta. “Eu devo estar chegando em algum lugar perto do centro da terra. Deixe-me ver. Até aqui eu já desci umas 400 milhas, eu acho... (você vê, Alice aprendeu uma porção desse tipo de coisas na escola e pensou que seria muito boa a oportunidade de colocar para fora seu conhecimento; mesmo não havendo ninguém para ouvi-la, ainda assim era bom praticar.)
”Sim, acho que está correto, mas em que Latitude e Longitude estaríamos?” (Alice não tinha a mais leve idéia do que Latitude era, ou Longitude tampouco, mas ela pensava que eram boas palavras para se dizer.)
Logo ela começou novamente: “Eu queria saber se eu posso cair direto através da terra! Como seria engraçado surgir entre as pessoas que caminham com suas cabeças para baixo. Os antipáticos, eu acho... (ela estava menos triste que não houvesse ninguém ouvindo agora, porque aquela não soou como a palavra correta) mas eu tenho que pedir-lhes que digam o nome do país deles, sabe. Por favor, madame, aqui é a Nova Zelândia? Ou Austrália? (e ela tentou fazer uma reverência enquanto falava — tentar fazer uma reverência enquanto se cai no ar! Você acha que poderia controlar isso?) Ela iria pensar que eu sou uma garotinha ignorante por perguntar! Não, não vou perguntar nunca. Talvez eu possa ver o nome escrito em algum lugar.”
Para baixo, para baixo, para baixo. Não havia nada mais a fazer, então Alice começou a falar novamente.
“Dinah vai sentir muito a minha falta esta noite, eu acho (Dinah era a gatinha). Espero que eles lembrem de dar-lhe leite na hora do chá. Dinah, minha querida! Eu queria que você estivesse aqui comigo agora. Não há ratos no ar, eu temo, mas você poderia pegar um morcego, e eles são tão parecidos com os ratos, você sabe. Mas será que os gatos comem morcegos?” E aqui Alice começou a ficar sonolenta e continuou falando para si mesma, de uma maneira sonhadora. “Gatos comem morcegos?”, e às vezes “Morcegos comem gatos?”
Como vocês podem ver, ela não conseguia responder nenhuma das duas questões, portanto não importava muito de que maneira ela as colocava. Alice sentiu que estava cochilando, e começou a sonhar que caminhava de mãos dadas com Dinah e falava com ela, bem seriamente: “Então, Dinah, diga-me a verdade...você já comeu um morcego?”, quando subitamente, thump!thump!, caiu sobre uma pilha de gravetos e folhas secas e a queda acabou.
Alice não estava nem um pouco machucada, e pôde saltar sobre os pés num instante: olhou para cima mas estava tudo escuro sobre sua cabeça, diante dela havia outro grande túnel e o Coelho Branco ainda estava à vista, apressado.
Não havia nenhum momento a perder! lá se foi Alice como vento, exatamente a tempo de ouvi-lo dizer, quando virara a esquina:
“Oh! minhas orelhas e minhas vibrissas, como está ficando tarde!”
Alice estava bem atrás dele quando dobrou a esquina, mas ainda era possível avistar o coelho. A menina encontrou-se, então, em um comprido e baixo aposento, que era iluminado por uma fileira de lâmpadas penduradas no teto.
Havia portas por toda a volta do aposento, mas estavam todas trancadas, e depois que Alice percorreu uma a uma, tentando cada porta sem sucesso, ela voltou tristemente para o centro do quarto, pensando sobre como sairia daquela.
De repente, encontrou uma pequena mesa de três pés, toda feita em vidro sólido: não havia nada sobre ela senão uma minúscula chave dourada e a primeira idéia de Alice foi de que ela deveria pertencer a uma das portas da sala; “mas, ai de mim!, ou as fechaduras são muito grandes ou a chave muito pequena, mas de qualquer maneira não iria abrir nenhuma das portas.” Entretanto, na segunda tentativa, Alice encontrou uma cortina que não havia percebido antes, e atrás dela existia uma pequena porta de aproximadamente 40 centímetros: a menina colocou a pequena chave dourada na fechadura e, para seu grande prazer, ela encaixou!
Alice abriu a porta e viu que dava para uma pequena passagem, não muito maior que um buraco de rato: ela ajoelhou-se e avistou o mais adorável jardim que jamais vira. Como ela gostaria de sair daquela sala escura e passear por entre aqueles canteiros de flores viçosas e aquelas fontes geladas...mas ela nem mesmo conseguiria fazer passar sua cabeça pela porta; “e mesmo que a minha cabeça passasse”, pensou a pobre Alice, “teria pouca utilidade sem meus ombros. Oh! como eu desejo poder encolher como um telescópio. Eu acho que poderia, se ao menos soubesse como começar.”
Vejam só, tantas coisas estranhas tinham acontecido ultimamente que Alice começara a pensar que muito poucas coisas eram na verdade realmente impossíveis.
Não havia muito sentido em ficar esperando ao lado da portinha e então Alice voltou em direção à mesa, com esperança de poder encontrar outra chave sobre ela ou, quem sabe, um livro de regras para ensinar as pessoas a encolherem como telescópios: desta vez ela encontrou uma pequena garrafa sobre ela (“que certamente não estava sobre aqui antes”, disse Alice) e amarrada ao redor do gargalo estava uma etiqueta com as palavras “BEBA-ME” lindamente impressa em palavras grandes.
Tudo bem dizer “BEBA-ME”, mas a sábia Alice não ia fazer aquilo apressadamente. “Não, eu vou olhar primeiro”, disse ela, “e ver se está marcado veneno ou não”; Alice já lera muitas lindas histórias sobre criancinhas queimadas ou engolidas por feras selvagens e outras coisas desagradáveis, tudo porque não tinham lembrado das regras simples que seus amigos falavam para elas. Por exemplo: um atiçador de lareira pode queimá-lo se você segurar por muito tempo, ou, se você cortar seu dedo muito fundo com uma faca, geralmente sangra; e ela nunca esquecera aquela: se você beber de uma garrafa que diz “veneno” é quase certo que isso irá prejudicá-lo, cedo ou tarde.
Entretanto, esta garrafa não tinha gravado “veneno”, daí, Alice aventurou-se a experimentá-la e, achando o sabor muito gostoso (o conteúdo tinha, de fato, um tipo de mistura de torta de cereja, creme de ovos, leite e açúcar, abacaxi, peru assado, toffy e torradas quentes), ela bem rápido acabou com ele.

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“Que sensação estranha”, disse Alice. “Eu devo estar encolhendo como um telescópio!”
E daí era fato, ela estava agora com apenas 25 centímetros de altura, e seu rosto resplandeceu ao pensar que aquele era o tamanho exato para atavessar a portinha em direção ao adorável jardim. Primeiro, entretanto, ela esperou alguns minutos para ver se ainda iria encolher: ela sentiu-se um pouco nervosa em relação ao fato “porque isso pode resultar, você sabe”, disse Alice para si mesma, “em eu sumir como uma vela”. A menina ficou pensando como seria, tentando imaginar como a chama de uma vela se parece depois que a vela acaba e ela não conseguiu lembrar de ter visto alguma vez algo assim.
Afinal, achando que nada mais aconteceria, ela decidiu-se a entrar no jardim, mas, pobre Alice! quando ela chegou na porta, lembrou-se que tinha esquecido a pequena chave dourada, e quando voltou até à mesa, percebeu que não era possível pegá-la: Alice podia avistá-la através do vidro e tentou o máximo possível para escalar uma das pernas da mesa, mas era muito escorregadia; e quando desistiu, a pobrezinha sentou-se e chorou.
“Vamos, não há razão para chorar assim”, disse Alice. “Eu lhe aconselho deixar isso pra lá neste minuto.” Normalmente ela se dava bons conselhos (embora raramente os seguisse) e às vezes repreendia-se tão severamente que chegava a ficar com lágrimas nos olhos, e uma vez ainda lembrava-se de ter tentado boxear suas próprias orelhas por ter trapaceado consigo mesma em um jogo de críquete que jogava com ela mesma, pois essa curiosa criança gostava de fingir ser duas pessoas.
“Mas não adianta agora”, pensou a pobre Alice, “querer ser duas pessoas! Porque é suficientemente difícil para mim ser uma pessoa respeitável.”
Logo seu olho caiu sobre uma pequena caixa de vidro que jazia sob a mesa: ela abriu-a e encontrou um pequeno bolo, no qual a palavra “COMA-ME” era lindamente inscrito. “Bem, eu vou comê-lo”, pensou Alice, “e se isso me fizer crescer eu posso pegar a chave; se ele me tornar muito pequena eu passo por baixo da porta. Então, de qualquer maneira, eu vou para o jardim e não me importa o que acontecer!”
Alice comeu um pedacinho e disse ansiosamente para si mesma. “E agora? E agora?”, colocando a mão no topo da cabeça para sentir se estava crescendo. Ela ficou surpresa ao perceber que permanecera do mesmo tamanho. Para falar a verdade, é isso o que normalmente acontece quando se come um bolo, mas Alice já estava acostumada a não esperar nada senão coisas extraordinárias acontecendo, que as coisas acontecerem de uma maneira normal parececia chatisse.
Então, ela pôs mãos à obra e muito rapidamente acabou com o bolo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Alice in Waterland

A fotógrafa Elena Kalis faz um trabalho lindo com suas fotografias tiradas dentro d’água. Ela criou uma série intitulada Alice in Waterland que merece destaque:

Alice na Moda!

Não dá pra ignorar, enquanto o filme não estéia, Alice está em todos os cantos e serve de fonte de inspiração para todo tipo de objetos, interiores, paleta de cores… uma febre… Por isso a loja francesa Printemps do boulevard Haussmann usou Alice in Wonderland como tema para suas vitrines mágicas!






Tangled ou Rapunzel??

tangled

Ainda não é totalmente oficial, mas em alguns países a Disney já vem mostrando que o título “Tangled” só será usado mesmo nos Estados Unidos. A primeira prova foi o teaser trailer do animado, que chegou em vários países com o título “Rapunzel“, como aconteceu no Brasil, no DVD e Blu-ray de “A Princesa e o Sapo“.

Em outros países como Alemanha e Itália, o teaser também menciona que o título do animado será “Rapunzel” (Tangled). A chefona do marketing da Disney na Itália foi a primeira a se pronunciar confirmando em entrevista, que o título no país será “Raperonzolo“, como é a tradução de “Rapunzel“, no país.

Outra novidade veio direto do site Stitch Kingdom, que afirmou que uma fonte muito confiável, descobriu que a princesa Rapunzel e Flynn Rider vão aparecer nos parques da Disney World apenas no mês de Outubro desse ano. Mostrando o quanto atrasada está a divulgação do animado.

Outra prova do atraso do marketing é o fato do site oficial da Walt Disney Animation Studios ser atualizado novamente com informações de “Rapunzel” (Tangled) e usar a única imagem divulgada dos protagonistas até o momento. Até o Facebook da Disney prometeu material inédito do filme e até agora, nada de novo foi revelado. Qual será o motivo de tanto mistério?

Dirigido por Byron Howard e Nathan Greno, ambos os diretores de “Bolt: Supercão“, “Rapunzel” (Tangled) é uma comédia-musical e terá as canções assinadas pelo grande musico Alan Menken, premiado e conhecido por seus trabalhos na Disney como “A Pequena Sereia“, “A Bela e a Fera“, “Aladdin“, “Pocachontas“, “Hércules“, “O Corcunda de Notre Dame“, “Nem Que a Vaca Tussa” e “Encantada“. No elenco de dublagem do animado, até o momento, foram confirmados apenas as participações de Zachary Levi (Flynn Ryder), Mandy Moore (Rapunzel) e Donna Murphy (Mother Gothel, a bruxa).

O longa ganhará destaque por ser o primeiro conto de fadas do estúdio a ser lançado em 3D, isso mesmo, Rapunzel será a primeira princesa Disney a ser lançada usando a tecnologia 3D.

Rapunzel” (Tangled), próximo conto de fadas Disney, chega aos cinemas em Disney Digital 3D e sua data de estréia está agendada para o dia 24 de novembro de 2010, apenas uma semana depois da estréia de “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I“, um dos longas que promete ser o destaque do ano.

A pré-estréia de “Rapunzel” (Tangled) será limitada e vai acontecer no dia 12 de novembro de 2010, em alguns dos cinemas norte-americanos. No Brasil, a estréia está agendada para o dia 07 de Janeiro de 2011, chegando em versões normais e em Disney Digital 3D. Abaixo segue uma nova imagem promocional do animado:

rapunzel2010


(Fonte: Planeta Disney)