sexta-feira, 28 de maio de 2010

DVD

SINOPSE: Alice retorna ao mundo mágico, reunindo-se a seus velhos amigos de infância em uma jornada fantástica para encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reinado de terror da Rainha Vermelha.
FICHA TÉCNICA:
Título Original: Alice In Wonderland
Título em Português: Alice no País das Maravilhas
Lançamento para locação: 14 de Julho de 2010
Lançamento para venda: -
País de Origem: Estados Unidos
Ano de Produção: 2010
Estúdio: Walt Disney Studios
Tempo de Duração: 109 minutos
Gênero: Fantasia
Classificação Etária: 10 anos (Consumo de Drogas Lícitas e Lesão Corporal)
Elenco: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter
Direção: Tim Burton
ESPECIFICAÇÕES DO DVD:
Idiomas: Português | Inglês | Espanhol
Legendas:  Português | Inglês | Espanhol
Áudio: Dolby Digital 5.1
Formato de Tela: Widescreen Anamórfico 1,85 (16:9)
DVD Simples
BÔNUS MATERIAL:
# O Chapeleiro Maluco
# Encontrando Alice
# Os Efeitos Especiais do País das Maravilhas
ALICE_DVD_SIMPLES

Blu-Ray

SINOPSE: Alice retorna ao mundo mágico, reunindo-se a seus velhos amigos de infância em uma jornada fantástica para encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reinado de terror da Rainha Vermelha.
FICHA TÉCNICA:
Título Original: Alice In Wonderland
Título em Português: Alice no País das Maravilhas
Lançamento para locação: 14 de Julho de 2010
Lançamento para venda: 14 de Julho de 2010
País de Origem: Estados Unidos
Ano de Produção: 2010
Estúdio: Walt Disney Studios
Tempo de Duração: 109 minutos
Gênero: Fantasia
Classificação Etária: 10 anos (Consumo de Drogas Lícitas e Lesão Corporal)
Elenco: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter
Direção: Tim Burton
ESPECIFICAÇÕES DO DVD:
Idiomas: Português | Inglês | Espanhol
Legendas:  Português | Inglês | Espanhol
Áudio: DTS-HD 5.1 (Inglês) e Dolby Digital 5.1 (Português e Espanhol)
Formato de Tela: 1080p High Definition
Blu-ray Simples
BÔNUS MATERIAL:
# O Chapeleiro Maluco
# Encontrando Alice
# Os Efeitos Especiais do País das Maravilhas
ALICE_BLU-RAY

Posteres






quarta-feira, 26 de maio de 2010

Blu-ray de Alice


title_alice_in_wonderland_blu-ray
Sucesso de público nos cinemas, a nova produção de Tim Burton, “Alice No País Das Maravilhas“, já se despede dos cinemas dos Estados Unidos e chegará em breve em Disney DVD e Blu-ray no mercado de home vídeo do país. Alguns jornalistas já receberam o Blu-ray e abaixo você poderá conferir4 imagens em tamanho pequeno dos menus do Blu-ray, que aposta numa arte simples e clássica.
Estrelado por Johnny Depp (Piratas do Caribe), o longa-metragem de aventura e fantasia chega as lojas no dia 1º de junho em 3 versões (DVD simples, Blu-ray simples e combo com DVD + Blu-ray + cópia digital). Sem versão em 3D, como aconteceu com “Avatar” (da Fox), o DVD chega apenas com três documentários:
# Encontrando Alice: mostra a versão do diretor Tim Burton das personagens, diferenças entre o livro e filme, e a evolução de Alice, tanto do personagem quanto da atriz, pelo País das Maravilhas.
# O Chapeleiro Maluco: um olhar a fundo no mundo do Chapeleiro Maluco, assim como os primeiros testes de figurino e maquiagem de Johnny Depp, e como aumentaram seus olhos por computação gráfica;
# Os Efeitos Especiais Do País Das Maravilhas: sobre as diferentes tecnologias usadas na criação das personagens.
O Blu-ray apresenta alguns extras exclusivos, além dos presentes no DVD:
# A Dança Futterwacken: os bastidores da criação da dança  dos habitantes do País das Maravilhas
# A Rainha De Copas: todo o processo de criação da personagem, com ilustrações iniciais de Tim Burton
# Linha Do Tempo: Esculpindo A Rainha De Copas: o processo de 3 horas de maquiagem de Helena Bonham Carter em apenas alguns minutos;
# A Rainha Branca: entrevista com Anne Hathaway sobre a jornada de sua personagem pelo processo de filmagem
# A Trilha Sonora Do País Das Maravilhas: o compositor Danny Elfman e Tim Burton discutem a trilha sonora
# A Ação Do País Das Maravilhas: sobre as maiores cenas de ação
# Criando O Tamanho Ideal: a criação dos efeitos visuais usados para esticar e encolher Alice e as diferentes técnicas usadas
# Os Bolos Do País Das Maravilhas: das menores migalhas ao maior bolo em escala, com depoimentos dos criadores
# Objetos Da Festa Do Chá: sobre todos os objetos de cena usados na “festa do chá”, desde xícaras aos bolos.
Com o roteiro de Linda Woolverton, o filme traz uma abordagem mágica e criativa em 3D, de uma das mais adoradas histórias de todos os tempos. Johnny Depp estrela como o Chapeleiro Maluco e Mia Wasikowska como Alice, de 19 anos, que retorna ao mundo mágico que ela encontrou pela primeira vez quando criança e volta a se reunir com seus amigos de infância: o Coelho Branco, Tweedle-Dee e Tweedle-Dum, o Dormidongo, a Lagarta, o Gato Risonho e, é claro, o Chapeleiro Maluco. Alice embarca em uma jornada fantástica para encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha. O elenco estelar também inclui Anne Hathaway, Helena Bonham Carter e Crispin Glover.
Alice no País das Maravilhas” ainda se encontram em cartaz nos cinemas tradicionais, 3D e IMAX 3D, de todo o Brasil. O lançamento do DVD e Blu-ray no Brasil acontecerá no dia 14 de Julho, exclusivo para locação.
menu_alice_ion_wonderland_blu-raym1menu_alice_ion_wonderland_blu-raym2menu_alice_ion_wonderland_blu-raym3menu_alice_ion_wonderland_blu-raym4


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Capítulo 5: Conselho de uma lagarta

Capítulo 5
Conselho de uma lagarta


     A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio: por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta.
     “Quem é você?”, perguntou a Lagarta.
     Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.
     “O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!”
     “Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?”
     “Eu não vejo”, retomou a Lagarta.
     “Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente, “porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.”
     “Não é”, discordou a Lagarta.
     “Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?”
     “Nem um pouco”, disse a Lagarta.
     “Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.”
     “Você!”, disse a Lagarta desdenhosamente. “Quem é você?”
     O que as trouxe novamente para o início da conversação. Alice sentia-se um pouco irritada com a Lagarta fazendo tão pequenas observações e, empertigando-se, disse bem gravemente: “Eu acho que você deveria me dizer quem você é primeiro.”
     “Por quê?”, perguntou a Lagarta.
     Aqui estava outra questão enigmática, e, como Alice não conseguia pensar nenhuma boa razão, e a Lagarta parecia estar muito chateada, a menina despediu-se.
     “Volte”, a Lagarta chamou por ela. “Eu tenho algo importante para dizer!”
     Isso soava promissor, certamente. Alice virou-se e voltou.
     “Mantenha a calma”, disse a Lagarta.
     “Isso é tudo?”, retrucou Alice,engolindo sua raiva o quanto pôde.
     “Não”, respondeu a Lagarta.
     Alice pensou que poderia muito bem esperar, já que não tinha nada para fazer, e talvez no fim das contas ela poderia dizer algo que valesse a pena. Por alguns minutos a Lagarta soltou baforadas do seu cachimbo sem falar; afinal, ela descruzou os braços, tirou o narguilé da boca novamente e disse: “Então você acha que mudou, não é?”
     “Temo que sim, Senhora”, respondeu Alice. “Não consigo lembrar das coisas como antes — e não mantenho o mesmo tamanho nem por dez minutos!”
     “Não consegue lembrar que coisas?”, continuou a Lagarta.
     “Bem, eu tentei recitar ‘Como a abelhinha estava atarefada’, mas fiz tudo diferente!” Alice replicou numa voz muito melancólica.
     “Repita ‘Você está velho, Pai William’, pediu a Lagarta.
     Alice cruzou as mãozinhas e começou:
Você está velho, Pai Joaquim, disse o jovem,
E seu cabelo está ficando branquinho,
Mas você ainda planta bananeira,
Você acha, que na sua idade, isso está certo?

Na minha juventude, Pai Joaquim respondeu,
Tinha medo de perder a cabeça,
Mas agora eu sei que não posso perder,
Porque não paro de plantar bananeira e estou inteiro.

Você está velho, já falei uma vez, retrucou o jovem,
E está engordando demais,
Mas ainda entra aqui dando cambalhotas,
Por favor, como você faz isso?

Na minha juventude, disse o velho,
Eu me mantive em forma,
Usando esse ungüento — é bem baratinho,
Posso vender uns dois potes para você?

Você está velho, disse o jovem, e seus dentes estão fraquinhos
Para mastigar qualquer coisa dura.
Mas você ainda come um ganso com osso e tudo,
Por favor, como você faz isso?

Na minha juventude, disse o velho, eu acreditava na Lei,
E discutia tudo com minha mulher,
O treino que fiz naquela época,
Durou para o resto da minha vida!


Você está velho, disse o jovem, e ninguém pode acreditar
que você ainda enxerga bem.
Mas ainda assim você equilibra uma enguia na ponta do nariz.
O que deixou você tão esperto?

Já lhe respondi três perguntas, agora chega,
Disse o velho, e não pense que você me agrada!
Você acha que vou perder meu dia ouvindo suas bobagens?
Pode sumir, ou vai levar um pontapé no traseiro!

     “Isso não está dito certo”, disse a Lagarta.
     “Não bem certo, eu receio”, respondeu Alice timidamente, “algumas das palavras podem ter sido trocadas”.
     “Está errado do começo ao fim”, afirmou a Lagarta decididamente. Então fez-se um silêncio por alguns minutos.
     A Lagarta foi a primeira a falar.
     “De que tamanho você quer ser?”, ela perguntou.
     “Oh, eu não ligo para qual tamanho”, respondeu Alice apressadamente, “apenas um que não fique mudando sempre, a senhora sabe.”
     “Eu não sei”, retrucou a Lagarta.
     Alice não disse mais nada: ela nunca fora tão contradita em toda sua vida antes e sentia que estava perdendo a paciência.
     “Você está satisfeita agora?”, indagou a Lagarta.
     “Bem, eu gostaria de ser um pouco maior, Senhora, se não se importar”, disse Alice, “oito centímetros é um tamanhozinho meio pequeno demais.”
     “É um ótimo tamanho certamente!”, vociferou a Lagarta, levantando-se enquanto falava (ela tinha exatamente oito centímetros de altura).
     “Mas eu não estou acostumada com isso!”, alegou a pobre Alice em um tom consternado.
     “Você se acostumará com o tempo”, retrucou a Lagarta, e colocou o narguilé na boca, começando a fumar novamente.
     Desta vez Alice esperou pacientemente até a Lagarta querer falar novamente. Depois de um ou dois minutos a Lagarta tirou o cachimbo da boca, e bocejou uma ou duas vezes e espreguiçou-se. Então desceu do cogumelo e arrastou-se para longe, simplesmente observando, ao sair: “Um lado irá fazê-la crescer e o outro irá fazê-la diminuir.”
     “Um lado do quê? Outro lado do quê?”, pensava Alice consigo mesma.
     “Do cogumelo”, respondeu a Lagarta, como se Alice tivesse falado alto, e já no momento seguinte ela estava fora da vista.
     Alice permaneceu olhando pensativamente para o cogumelo por um minuto, tentando compreender quais eram os dois lados da planta, e, como ela era perfeitamente redonda, sentiu-se em meio a uma difícil questão. Entretanto, afinal a menina esticou seus braços o mais que pôde em torno do cogumelo e cortou um pedaço da borda com cada mão.
     “E agora, qual é qual?” disse Alice para si mesma, mordiscando um pouco da mão direita para sentir o efeito. No momento seguinte ela sentiu um violento golpe debaixo do queixo: ela batera no seu pé.
     Ela estava muito assustada com esta súbita mudança, mas sentiu que não havia tempo a perder, pois estava encolhendo rapidamente. Alice colocou mãos à obra para comer do outro pedaço. Seu queixo estava tão fortemente pressionado contra seu pé, que não havia espaço para abrir a boca; mas ela conseguiu afinal, e esforçou-se para engolir um bocado da mão esquerda.
*  *  *  *  *  *  *

  *  *  *  *  *  *

 *  *  *  *  *  *  *
     “Puxa, minha cabeça está livre afinal!”, disse Alice num tom de prazer, que mudou para um tom alarmado no momento seguinte, quando ela descobriu que seus ombros não estavam em lugar nenhum à vista: tudo o que ela podia ver ao olhar para baixo era uma imensidão de pescoço, que parecia nascer como um caule sobre um mar de folhas verdes que se estendiam lá embaixo.
     “O que podem ser todas estas porcarias verdes?”, disse Alice. “E para onde foram meus ombros? E oh, minhas pobres mãos, como é isso, eu não posso vê-las”. Ela as estava movendo enquanto falava, mas parecia que não adiantava nada, exceto por um leve chacoalhar nas distantes folhas verdes.
     Como parecia não haver chances de trazer suas mãos até a cabeça, Alice tentou levar a cabeça até elas e descobriu com alegria que seu pescoço podia tombar facilmente em qualquer direção, como se fosse uma serpente. A menina estava justamente conseguindo curvar seu pescoço em um gracioso zigue-zague que a levaria a um mergulho nas folhas, que ela achava serem as copas das árvores sob as quais anteriormente vagueara, quando um agudo silvo a fez retroceder rapidamente: uma grande pomba voava contra seu rosto, e batia em sua faces com as asas.
     “Serpente!”, gritou a Pomba.
     “Eu não sou uma serpente!”, afirmou Alice indignadamente. “Deixe-me.”
     “Serpente, eu digo novamente!”, repetiu a Pomba, mas em um tom mais moderado, e continuou, com um tipo de soluço, “Eu tentei de todas as maneiras, mas nada parece satisfazê-las.”
     “Eu não tenho a menor idéia sobre o que você está falando”, disse Alice.
     “Eu já tentei as raízes das árvores, já tentei as margens e já tentei as sebes”, a Pomba continuou, sem prestar atenção em Alice. “Mas estas serpentes, nada as satisfaz!”
     Alice estava mais e mais confusa, mas achou que não adiantava falar nada até a Pomba terminar.
     “Como se não houvesse problema nenhum em chocar os ovos”, disse a Pomba, “mas ainda tenho que ficar de olho nas serpentes, noite e dia! Eu não tirei uma soneca sequer nesses últimos três dias!”
     “Eu sinto muito que a senhora esteja irritada”, falou Alice, que estava começando a entender o que isso significava.
     “E eu escolhi a mais alta árvore da floresta”, continuou a Pomba, cuja voz se transformara num guincho, “e estava achando que estaria livre delas afinal, e elas precisam serpentear até no céu! Ugh, Serpente!”
     “Mas eu não sou uma serpente, já falei!”, insistiu Alice. “Eu sou uma...Eu sou uma...”
     “Bem! O que é você?”, perguntou a Pomba. “Eu posso ver que você está tentando inventar alguma coisa.”
     “Eu...eu sou uma menininha”, disse Alice, um pouco em dúvida, pois relembrava o número de mudanças pelas quais tinha passado naquele dia.
     “Uma história promissora, certamente!”, disse a Pomba, com um tom do mais profundo desprezo. “Eu tenho visto muitas menininhas em minha vida, mas nem uma com um pescoço como este. Não, não! Você é uma serpente, e não há porque negar isso. Eu suponho que agora você vai me dizer que nunca comeu um ovo!”
     “Eu já experimentei ovos, com certeza”, respondeu Alice, que era uma menina que não mentia, “mas menininhas comem ovos tanto quanto serpentes, sabe.”
     “Eu não acredito nisso”, disse a Pomba, “mas se elas comem, então elas são um tipo de serpente: isso é o que eu posso dizer.”
     Essa era uma idéia nova para Alice, ela ficou então um ou dois minutos em silêncio, que deu à Pomba a oportunidade de adicionar:
     “Você está procurando por ovos, eu sei disso muito bem, então o que me interessa se você é uma menininha ou uma serpente?”
     “Isso já é demais para mim”, falou Alice rudemente, “mas eu não estou procurando por ovos como parece; e, se estivesse, eu não iria querer os seus, eu não gosto de ovos crus.”
     “Bem, saia daqui, então”, disse a Pomba em um tom amuado, e acomodou-se novamente em seu ninho. Alice agachou-se entre as árvores o melhor que pôde, pois seu pescoço enganchava-se nos galhos das árvores e de vez em quando ela precisava parar e livrá-lo. Depois de um tempo, Alice lembrou que ainda tinha pedaços de cogumelo em suas mãos, e pôs mãos à obra bem cuidadosamente, mordiscando de uma e depois de outra mão, e crescendo um pouco e encolhendo um pouco, até que conseguiu colocar-se em seu tamanho normal.
     Fazia tanto tempo que ela não estava no seu tamanho normal, que sentiu-se um pouco estranha no início, mas acostumou-se em poucos minutos, começando a falar consigo mesma, como de costume: “Bem, metade do meu plano já está feito! Que estranhas todas essas mudanças são! Eu nunca tenho certeza do que vai acontecer, de um minuto para outro! Entretanto, eu voltei ao meu tamanho de sempre: a próxima coisa é entrar no lindo jardim — como é que isso vai ser feito, eu gostaria de saber?
     Quando a garotinha disse isso, subitamente avistou um lugar descampado, com uma pequena casinha de mais ou menos um metros e vinte de altura.
     “Quem quer que viva lá”, pensou Alice, “acho que não seria apropriado entrar com esta altura. Posso assustá-los.” Então ela começou a mordiscar pedacinhos da mão direita novamente mas não se atreveu a chegar perto da casa até chegar aos vinte e cinco centímetros de altura.

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: A VIAGEM DO PEREGRINO DA ALVORADA

Galera todo mundo ta sabendo que a continuação de "As Crônicas de Nárnia" está chegando.
Com o roteiro de Michael Petroni, o longa traz os irmãos Edmundo (Skandar Keynes) e Lúcia (Georgie Henley) Pevensie, numa nova aventura ao lado do primo Eustáquio (Will Poulter). Os três acabam sendo engolidos por uma pintura, que os leva para o navio Peregrino da Alvorada. Ao lado do Príncipe Caspian (Ben Barnes), eles partirão para descobrir o que aconteceu com os sete fidalgos que foram enviados para desbravar o oceano oriental por Miraz, tio de Caspian.
Saindo do forno o novo cartaz para que os fãs fiquem ainda mais ansiosos com a chegada da nova aventura: AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: A VIAGEM DO PEREGRINO DA ALVORADA.


chronicles_of_narnia_the_voyage_of_

Sequencia??

alice_chapeleiro
De acordo com o site Variety, Iger e o presidente dos estúdios Disney, Rich Ross, revelaram estar com planos de uma nova sequência para o grande sucesso atual do estúdio, a versão de Tim Burton da fábula “Alice no País das Maravilhas“. Até o momento nada se falou sobre o projeto, mas chances existem para a alegria dos fãs.
Com o roteiro de Linda Woolverton, “Alice no País das Maravilhas” traz uma abordagem mágica e criativa em 3D, de uma das mais adoradas histórias de todos os tempos. Johnny Depp estrela como o Chapeleiro Maluco e Mia Wasikowska como Alice, de 19 anos, que retorna ao mundo mágico que ela encontrou pela primeira vez quando criança e volta a se reunir com seus amigos de infância: o Coelho Branco, Tweedle-Dee e Tweedle-Dum, o Dormidongo, a Lagarta, o Gato Risonho e, é claro, o Chapeleiro Maluco. Alice embarca em uma jornada fantástica para encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha. O elenco estelar também inclui Anne Hathaway, Helena Bonham Carter e Crispin Glover.
O lançamento nacional do DVD e do Blu-ray de “Alice no País das Maravilhas” está agendado para o mês de Julho de 2010. Abaixo segue a imagem do Blu-ray inglês, que será o primeiro Blu-ray Disney lançado em digipack na Inglaterra. Em breve mais novidades sobre o lançamento.
alice_bd_digipack

A Bela e a Fera: O filme!

BelleBeast
Parece que a idéia de criar uma versão live-action do primeiro clássico Disney de animação indicado na categoria de melhor Filme no Oscar vai mesmo acontecer. De acordo com o site Jim Hill, os compositores Tim Rice (”O Rei Leão“) e Alan Menken (”A Pequena Sereia” e “Encantada“) estão juntos trabalhando nas canções da nova versão cinematográfica de “A Bela ea Fera“. Vale lembrar, que ambos já trabalharam juntos nas canções do clássico “Aladdin“.
Até o momento, a Walt Disney Pictures não se pronunciou sobre o assunto e nem afirmou que o filme será em live-action, com atores reais, mas vale lembrar que não é a primeira vez que a idéia de criar um filme com atores reais inspirados no clássico conto de fadas aparece na internet.
No ano que vem, “A Bela e a Fera” completa 20 anos de seu lançamento original e para comemorar a Disney estava planejando re-lançar o clássico nos cinemas em 3D, mas até o momento a empresa não voltou a falar da volta do filme para os cinemas. No mês de Outubro desse ano, chega as lojas de todo o mundo o DVD e o Blu-ray do clássico, com imagem e som restaurados digitalmente e diversos extras para todos os gostos.
Dirigido por Gary Trousdale e Kirk Wise, o clássico conto de fadas dos estúdios Disney conta a história de Bela, uma jovem inteligente que é considerada estranha pelo moradores da localidade, e seu pai, Maurice, um inventor que é visto como um louco. Ela é cortejada por Gaston, que quer casar com ela. Mas apesar de todas as jovens do lugarejo o acharem um homem bonito, Belle não o suporta, pois vê nele uma pessoa primitiva e convencida.
Quando o pai de Belle vai para uma feira demonstrar sua nova invenção, ele acaba se perdendo na floresta e é atacado por lobos. Desesperado, Maurice procura abrigo em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro da Fera, o senhor do castelo, que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando negou abrigo a ela. Quando Belle sente que algo aconteceu ao seu pai vai à sua procura.
Ela chega ao castelo e lá faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse libertado ela ficaria no castelo para sempre. A Fera concorda e todos os “moradores” do castelo, que lá vivem e também foram transformados em objetos falantes, sentem que esta pode ser a chance do feitiço ser quebrado. Mas isto só acontecerá se a Fera amar alguém e esta pessoa retribuir o seu amor, sendo que isto tem de ser rápido, pois quando a última pétala de uma rosa encantada cair o feitiço não poderá ser mais desfeito.
A Bela e a Fera: Edição Diamante” será lançado no mercado norte-americano no dia 05 de outubro (Blu-ray + DVD Combo) e no dia 23 de novembro (DVD) e no Brasil o lançamento deverá acontecer no mês de Outubro.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Capítulo 4: O coelho manda Bill O Lagarto

Capítulo 4
O coelho manda Bill O Lagarto

Era o Coelho Branco, voltando vagarosamente, olhando ansiosamente para trás, como se tivesse perdido algo. Alice ouvia-o resmungando consigo mesmo, “A Duquesa! A Duquesa! Oh, minhas queridas patas! Oh minha pele e bigodes! Ela irá me executar, tão certo quanto os furões são furões! Onde posso tê-los derrubado, eu queria saber!”
Alice adivinhou no mesmo momento que o Coelho estava procurando pelo leque e o par de luvas brancas, e ela muito naturalmente começou a ajudá-lo na procura, mas os objetos não estavam por lugar nenhum à vista...tudo parecia ter mudado desde que ela nadara no lago; e o grande salão, com a mesa de vidro e a pequena porta desaparecera completamente.
Logo o Coelho percebeu Alice, que procurava pelas luvas. Ele disse em tom enraivecido: “O que, Mary Ann, você está fazendo aqui fora? Vá já para casa, já, e traga-me um par de luvas e um leque! Rápido, já!”
E Alice estava tão assustada que correu na direção que ele apontava, sem tentar explicar-lhe o erro cometido.
“Ele tomou-me por sua empregada”, a menina dizia para si mesma enquanto corria.
“Como ele vai ficar surpreso quando descobrir quem eu sou! Mas seria melhor pegar seu leque e luvas... isto é, se eu puder encontrá-los.” Ao falar estas palavras, Alice chegou numa bonita casinha, na porta da qual havia uma placa de latão bem brilhante com o nome “C. BRANCO” gravado. Ela entrou sem bater, e subiu apressadamente as escadas, com muito medo de que pudesse encontrar a Mary Ann verdadeira e ser expulsa da casa antes de encontrar o leque e as luvas.
“Que estranho isso parece”, Alice disse para si mesma, “receber ordens de um coelho! Imagine Dinah dando-me ordens!”, e ela começou a imaginar o que poderia acontecer.
“Miss Alice! Venha cá e apronte-se para sua caminhada.” “Já vou em um minuto, ama! Mas eu tenho que cuidar desse buraco de rato até Dinah voltar, e ver se o rato não foge.”
“Eu acho”, Alice continuou, “que eles não iriam deixar Dinah ficar em casa se ela começasse a dar ordens desse jeito.”
Nesse instante a menina percebeu que estava dentro de um pequeno quarto arrumado com uma mesa em uma vitrine e sobre ela (como Alice desejara), um leque e dois ou três pares de luvas brancas limpas. Ela apanhou o leque e um par de luvas e já estava deixando o quarto quando seus olhos caíram sobre uma garrafa que estava perto da janela. Não havia nenhuma etiqueta desta vez com as palavras “BEBA-ME”, mas, no entanto, ela desarrolhou e colocou-a nos lábios.
“Eu sei que algo interessante vai certamente acontecer”, ela disse para si mesma, “sempre que eu bebo ou como alguma coisa por aqui. Então, vou ver o que esta garrafa faz. Eu espero que me faça crescer novamente, eu estou realmente cansada de ser essa coisinha.”
E a bebida fez efeito de verdade, e muito mais rápido do que Alice esperava: antes que ela tivesse bebido metade da garrafa, percebeu sua cabeça pressionando contra o teto, e então teve que parar para salvar seu pescoço de ser quebrado. Ela rispidamente deixou de lado a garrafa, dizendo para si mesma: “É o suficiente...eu espero não crescer mais, porque se isso não acontecer, eu não vou poder sair pela porta...eu queria não ter bebido tanto!”
Nossa! Era muito tarde para desejar isso! Ela continuou crescendo e crescendo, e logo precisou ajoelhar-se no chão. Em outro minuto não havia nem mesmo um quarto para isso, e ela tentou deitar-se com um cotovelo contra a porta e o outro braço sobre a cabeça! Alice continuava a crescer e, como último recurso, ela colocou um braço para fora da janela e um pé para dentro da chaminé, dizendo para si mesma “Agora eu não posso fazer mais nada, o que quer quer seja que aconteça. O que vai ser de mim?”
Felizmente para Alice, a pequena garrafa mágica já fizera todo seu efeito, e ela não cresceu mais: ainda era bem desconfortável e parecia não haver nenhum tipo de chance de ela sair do quarto novamente. Não admira que se sentisse infeliz.
“Era bem melhor em casa”, pensou a pobre Alice, “ninguém fica crescendo e diminuindo, e recebendo ordens de ratos e coelhos. Eu quase desejo não ter entrado na toca do coelho...mas, mas, é tão curioso, sabe, esse tipo de vida! Eu queria saber o que pode ter acontecido comigo. Quando eu lia contos de fada, ficava imaginando que esse tipo de coisas nunca acontece e agora estou aqui no meio de um! Deveria haver um livro escrito sobre mim, deveria sim! E quando eu crescer, eu vou escrever um...mas...eu já cresci...”, ela continuou com uma vozinha triste, “não há mais espaço para eu crescer aqui.”
“Mas então”, pensou Alice, “eu não vou nunca ficar mais velha do que sou agora? Isso é um conforto, de qualquer maneira...nunca ficar velha...e então...ter sempre que estudar. Oh! eu não gostaria disso!”
“Ah, sua bobinha”, ela respondeu para si mesma. “Como você quer estudar aqui? Afinal esse quarto já está tão pequeno para você, quanto mais para livros de escola!”
E então ela continuou, fingindo que perguntava de um lado e respondia do outro até que alguns minutos depois ela ouviu uma voz lá fora e ficou atenta.
“Mary Ann! Mary Ann!”, dizia a voz. “Traga-me minhas luvas imediatamente!”. Então ouviu-se passadas na escada. Alice sabia que era o Coelho vindo procurar por ela. A menina tremia tanto que começou a chacoalhar a casa, quase esquecendo que ela agora era quase mil vezes maior que o Coelho e não havia razão para temê-lo.
O Coelho chegou até a porta e tentou abri-la. Mas como a porta abria para dentro e o cotovelo de Alice estava contra ela, nada conseguiu. A menina ouviu uma vozinha dizendo baixinho:
“Então eu vou dar a volta e entrar pela janela.”
“Isso você não vai fazer”, pensou Alice e, depois de esperar que o Coelho pudesse estar embaixo da janela ela repentinamente esticou a mão e tentou apanhá-lo fazendo um movimento no ar. Ela não pegou nada, mas ouviu um pequeno grito e uma queda, e um barulho de vidro quebrado, de onde ela concluiu que provavelmente o Coelho caíra em uma estufa ou algo do tipo.
Em seguida uma voz irada, do Coelho : “Pat! Pat! Onde está você?” E então uma voz que ela não ouvira ainda disse:
“Eu estou aqui! Colhendo maçãs, meu senhoir.”
“Colhendo maçãs, certamente”, retrucou o Coelho nervosamente. “Aqui, venha me livrar disso” (Sons de mais vidros quebrados.) “Agora diga-me, Pat, o que é isso na janela?”
“Com certeza é um braço, meu senhoir!” (Ele pronunciava “Arrum”)***
“Um braço, seu ganso burro! Quem já viu um desse tamanho? Ele toma toda a janela!”
“Com certeza, meu sinhoir! Mas que é um braço, isso é!”
“Bem, de um jeito ou de outro, vá e tire-o de lá.”
Houve um grande silêncio depois disso, com alguns cochichos de vez em quando, tipo “Certo, eu não gosto disso, meu sinhoir, nadinha, nadinha!” “Faça o que eu mando, seu covarde!”. No fim de uns minutos Alice esticou sua mão novamente e fez outro movimento no ar. Dessa vez foram dois gritinhos e mais som de vidro quebrado.
“Quantas estufas têm lá!”, pensou Alice. “Eu gostaria de saber o que eles vão fazer! Para puxar-me para fora da janela, o que será que eles vão poder! Tenho certeza que eu não quero ficar aqui muito tempo!
Ela esperou por algum tempo sem ouvir nada mais. Por fim, ouviu um barulhão de rodas de uma carroça e o som de muitas vozes falando juntas. Ela conseguiu compreender as palavras: “Onde está a outra escada...Por quê?...Eu só trouxe uma. Bill pegou a outra...Bill! Traga-me a escada aqui rapaz...Aqui, coloque-as num canto. Não, amarre-as juntas primeiro.”
“Oh! eles irão fazer bem o bastante. Não seja curioso...Aqui Bill! Agarre esta corda! O teto aguentará! Cuidado com a telha solta...Lá vem ela! Oh! está caindo! Abaixem as cabeças! (um barulho de coisa quebrada) Agora, o que aconteceu? Foi Bill, eu acho...Quem vai entrar na chaminé? Eu não! Vai sim! Eu não vou também! Bill foi escolhido para descer. Aqui, Bill! O patrão diz que você é quem vai descer pela chaminé.”
“Oh! Então o Bill vai descer pela chaminé, certo?” pensou Alice consigo mesma. “Eles colocam tudo pra cima do pobre Bill. Eu não gostaria de estar no lugar dele, esta lareira é estreita. Mas para dizer a verdade eu acho que posso chutar um pouco.”
Ela puxou seu pé o mais longe possível da chaminé e esperou até ouvir o pequeno animal (Alice não conseguia imaginar que tipo ele seria) entrando no buraco da lareira. Então, dizendo para si mesma “Este é Bill”, ela deu um brusco chute e esperou para ver o que acontecia a seguir.
O que ela ouviu foi um coro geral de “Aí vai Bill” e depois a voz do Coelho ...“Segure ele, você aí na cerca!”, então silêncio e depois uma confusão de vozes...“Suspenda a cabeça dele...Brandy agora...Não o estrangule...Como foi isso companheiro? O que aconteceu com você? Conte-nos sobre isso!”
Por último veio uma vozinha débil, chiada (“Este é o Bill”, pensou Alice) “Bem, eu não sei muito bem... Quero mais não...Estou melhor agora...mas um bocado confuso pra contar para voceis...tudo o que eu sei é que alguma coisa veio até mim como se fosse um boneco de mola e eu fui pra cima como um foguete!”
“Você fez isso mesmo, velho companheiro”, disseram os outros.
“Nós precisamos derrubar a casa”, disse a voz do Coelho.
E Alice gritou, tão alto quanto pôde: “Se vocês fizerem isso, eu mando a Dinah atrás de vocês!”
Houve um silêncio de morte no mesmo instante e Alice pensou consigo mesma: “Eu gostaria de saber o que eles vão fazer a seguir! Se eles tiverem algum juízo vão tirar o teto da casa.”
Depois de um minuto ou dois eles começaram a se movimentar novamente, e Alice ouviu o Coelho dizer:
“Um carrinho cheio é o suficiente!”
“Um carrinho cheio de quê?”, pensou Alice. Mas ela não teve tempo para ficar na dúvida, pois no momento seguinte uma chuva de pequenos seixos veio bater na janela, alguns dele machucando seu rosto.
“Eu vou dar um basta nisso”, ela pensou. Alice gritou: “É melhor vocês não fazerem isso novamente”, o que produziu outro silêncio de morte.
Alice percebeu, com alguma surpresa, que os seixos estavam todos se transformando em pedaços de bolo ao caírem no chão, e uma brilhante idéia veio à sua mente.
“Se eu comer um desses pedaços do bolo”, ela pensou, “com certeza acontecerá alguma mudança em meu tamanho, e, como não vai poder me fazer ficar ainda maior, deve me fazer diminuir, eu suponho.”
Então ela engoliu um dos pedaços, e foi maravilhoso descobrir que começara a diminuir instantaneamente. Tão logo ficou pequena o suficiente para passar pela porta, Alice saiu correndo da casa, encontrando um grupo de pequenos animais e pássaros esperando lá fora. O pobre pequeno lagarto, Bill, estava no meio, sendo seguido por dois porquinhos-da-índia que lhe davam algo em uma garrafa. Todos correram em direção a Alice mas ela fugiu o mais depressa que pôde, e logo encontrou-se salva em uma densa floresta.
“A primeira coisa que eu tenho que fazer”, disse Alice para si mesma, enquanto vagueava pela floresta, “é crescer até meu tamanho normal outra vez, e a segunda coisa é encontrar o caminho para aquele jardim adorável. Acho que este é o melhor plano.”
Soava como um excelente plano, sem dúvida, bem arrumado e arranjado com simplicidade: a única dificuldade era que ela não tinha a menor idéia de como fazer isso, e enquanto Alice espreitava ansiosamente por entre as árvores, um pequeno latido agudo sobre sua cabeça a fez olhar para cima com um sobressalto.
Era um enorme cachorrinho que olhava para ela com grandes olhos redondos e debilmente lhe estendia uma patinha, tentando tocá-la.
“Pobre coisinha!”, disse Alice com um tom carinhoso, e tentou com força assobiar para ele; mas a menina estava tão terrivelmente assustada pensando que ele poderia estar com fome e querer comê-la a despeito de todo seu carinho.
Sem saber o que fazer ela apanhou um pedaço de pau e jogou para o cachorrinho: em conseqüência o cãozinho pulou no ar com um ganido de prazer, e investiu contra o pau como se o temesse. Alice mantinha-se escondida atrás de uma moita para evitar de ser avistada e, no momento que apareceu do outro lado, o filhote deu outra corrida contra o galho acabando por tropeçar nele mesmo na sua pressa de apanhá-lo. Então Alice, como se estivesse brincando com uma carroça e esperando a qualquer momento ser esmagada sob seus pés, correu para perto da moita novamente. Daí, o filhote começou uma série de pequenos ataques ao galho, correndo vários pouquinhos para frente de cada vez e voltando para trás bastante depois, latindo rouco todo o tempo, até que acabou sentando ofegante, com sua língua para fora da boca e seus grandes olhos semi-cerrados.
Aquela parecia uma boa oportunidade para Alice fazer sua escapada e ela então fugiu, correndo até estar muito cansada e sem ar, até que o latido do cãozinho soasse bastante fraco ao longe.
“Mesmo assim, que lindo filhotinho ele era!”, disse Alice enquanto apoiava-se em uma flor para descansar, abanando-se com uma das luvas. “Eu gostaria de ter-lhe ensinado alguns truques, se ao menos tivesse o tamanho certo para isso! Oh puxa! Eu quase esqueci que tenho que crescer novamente! Deixe-me ver — como é que se faz isso? Eu acho que deveria comer ou beber alguma coisa ou outra, mas a grande questão é ‘O quê?’”
A grande questão certamente era “O quê?” E Alice olhou ao seu redor para as flores e a grama mas não pôde ver nada que parecesse a coisa certa para comer ou beber nessa cirscunstância. Havia um grande cogumelo crescendo perto dela, quase a mesma altura de Alice e, ao dar uma olhada sob ele, de ambos os lados e ainda atrás dele, ocorreu-lhe que ela poderia também dar uma olhada sobre ele.
Ela esticou-se na ponta dos dedos e olhou sobre a margem do cogumelo, seus olhos imediatamente avistaram uma enorme lagarta azul, sentada no topo da planta, com os braços cruzados calmamente fumando um narguilé, não dando bola nem para ela nem para mais nada.

domingo, 2 de maio de 2010

A maior bilheteria de Todos os Tempos!!

alice_chapeleiro

Depois de quase 2 meses depois da estréia norte-americana, a Disney Brasil lançou no mercado nacional na última sexta-feira, dia 23, o seu mais novo longa-metragem de aventura e fantasia, “Alice no País das Maravilhas“. Mesmo com o atraso, não é que o filme fez sucesso, levando para os cinemas um público estimado em 875 mil pessoas, o que gerou uma renda aproximada de R$ 10.545.708,00 neste final de semana.

Com tais números, “Alice no País das Maravilhas” se tornou a maior bilheteria de abertura da Walt Disney Pictures no Brasil, 12% acima de “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”, recorde anterior dos estúdios Disney no país. A história da menina que cai na toca de coelho e é transportada para uma terra fantástica, povoada de seres estranhos, somou vários recordes em seus três primeiros dias de exibição. É a maior abertura de um filme original (que não é sequência) da Disney, a quarta maior abertura da indústria e também o quarto filme da história a ultrapassar a marca dos R$ 10milhões em apenas 3 dias em cartaz. Do resultado obtido, o formato 3D foi responsável por 47% do total de público e 58% do total de renda bruta. Já o 2D foi responsável por 52% do total de público e 40% do total da arrecadação bruta. As duas salas IMAX ficaram com 1% do público e 2% da renda.

De acordo com a matéria de Fernando Veríssimo, da FilmeB, “Alice no país das Maravilhas” foi o primeiro grande desafio da era 3D pós-Avatar. Como assim? A aventura da Disney entra em cartaz apenas quatro semanas depois do lançamento da animação da DreamWorks, “Como treinar o seu dragão“, e provocou uma intensa disputa pelo limitado circuito 3D do país. Isso porque, diferente dos Estados Unidos, o Brasil ainda tem um número muito pequeno de salas em 3D.

Neste novo cenário, em que o ritmo de estreias no formato 3D fica cada vez mais intenso, toda e qualquer decisão de lançamento ganha contornos dramáticos, trazendo de volta à memória a antiga disputa pelo circuito de ‘primeira linha’, que dominou o mercado durante décadas – especialmente antes da chegada do conceito multiplex ao Brasil“, afirmou Fernando em sua matéria.

Esse foi o grande motivo de todas as mudanças de datas de estréia do país. Além disso, a Disney terminou recuando da decisão de antecipar a estreia do filme para o dia 21, aproveitando o feriado nacional de Tiradentes, e optou por abrir o filme à meia-noite de quinta-feira. Nos Estados Unidos (onde já faturou mais de US$ 300 milhões) e em vários outros territórios.

Com o mercado encolhido em função da escassez de projetores digitais disponíveis – os novos pedidos só começarão a ser entregues a partir de junho –, Alice não terá um circuito de estreia muito maior que seu antecessor. Até o fechamento desta edição, a distribuidora confirmou que apenas cinco salas receberão novos projetores para a exibição do filme, totalizando 129 salas 3D. Serão três do Grupo Severiano Ribeiro (Rio Sul, Iguatemi e Bay Market) e duas do UCI/GSR (Iguatemi Fortaleza e Recife). Os complexos da Cinemark que contam com duas salas 3D (Eldorado e Salvador) exibirão Alice em apenas uma delas“, explicou a matéria do site FilmeB.

Com o roteiro de Linda Woolverton, o filme traz uma abordagem mágica e criativa em 3D, de uma das mais adoradas histórias de todos os tempos. Johnny Depp estrela como o Chapeleiro Maluco e Mia Wasikowska como Alice, de 19 anos, que retorna ao mundo mágico que ela encontrou pela primeira vez quando criança e volta a se reunir com seus amigos de infância: o Coelho Branco, Tweedle-Dee e Tweedle-Dum, o Dormidongo, a Lagarta, o Gato Risonho e, é claro, o Chapeleiro Maluco. Alice embarca em uma jornada fantástica para encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha. O elenco estelar também inclui Anne Hathaway, Helena Bonham Carter e Crispin Glover.

Alice no País das Maravilhas” já se encontra em cartaz nos cinemas tradicionais, 3D e IMAX 3D, com sessões legendas e dubladas nas salas 3D. Abaixo você confere as fotos dos convidados, feitas por Rodrigo Trevisan.